Este e-book reconstrói a história de 190 anos da MAG Seguros por meio de uma linha do tempo que destaca fatos marcantes, curiosidades e a evolução da companhia no mercado segurador. Para enriquecer a narrativa, recortes de jornais, imagens de documentos históricos e registros iconográficos complementam a trajetória, oferecendo um mergulho autêntico em suas décadas de existência. Desde sua fundação, em 1835, até os dias atuais, a MAG Seguros consolidou-se não apenas por sua solidez e inovação, mas também por sua capacidade de adaptação e conexão com clientes e parceiros.
A seleção cuidadosa de materiais de época – como anúncios publicitários, notícias e imagens de documentos que repercutiram grandes momentos – permite reviver a história de forma dinâmica e ilustrativa. Mais do que um registro institucional, esta obra celebra a memória viva da MAG, revelando como sua trajetória se entrelaça com o desenvolvimento da previdência no Brasil e com as histórias de quem fez parte dessa jornada.
em Movimento
A Cronologia Histórica da MAG Seguros
Uma Nação em Construção
Em 1835, o Brasil era um país jovem e agrário, com cerca de 5,5 milhões de habitantes, sustentado pela exportação de açúcar, café, couro, algodão e madeiras. A indústria ainda dava seus primeiros passos, enquanto o comércio era dominado por portugueses, ingleses e franceses. A economia dependia fortemente da mão de obra escrava, base da produção nacional.
No Rio de Janeiro, então capital do Império, viviam aproximadamente 100 mil pessoas. A cidade enfrentava grandes desafios urbanos: ruas sem calçamento, falta de esgotos e água encanada, e uma precária iluminação pública a lampiões. Apesar das dificuldades, o Rio já despontava como centro político e cultural do país, refletindo as contradições de um Brasil em transformação.
Em 1835 a fundação do Montepio Geral de Economia dos Servidores do Estado – consagrado em decreto da Regência foi introduzida a previdência social no país de forma oficial e organizada. A Regência Trina governava o país no lugar de D. Pedro II que tinha apenas 9 anos.
O visconde de Sepetiba foi um dos políticos mais influentes do seu tempo. Juiz, Desembargador, deputado, senador, ministro da Justiça, das Relações Exteriores, Governador de São Paulo, do Rio de Janeiro, um dos fundadores de Petrópolis, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, da primeira linha de transporte urbano, da linha de barcas entre Rio e Niterói, e do Bairro da Glória.
O idealizador: Aureliano de Souza e Oliveira Coutinho – Visconde de Sepetiba
Localizado no centro do Rio de Janeiro, o Paço Imperial é um dos mais significativos monumentos da história brasileira. Originalmente construído no século XVIII como residência dos governadores e vice-reis, o edifício foi palco de decisivos acontecimentos políticos, como o Dia do Fico (1822), a Abolição da Escravidão (1888), a Proclamação da Independência (1822) e a Fundação do Montepio Geral de Economia dos Servidores do Estado, atual MAG Seguros (1835).
Em 1808, com a transferência da corte portuguesa, passou a ser denominado Paço Real, tornando-se depois Paço Imperial durante os reinados de Dom Pedro I e Dom Pedro II. Manteve essa função até a Proclamação da República (1889), consolidando-se como símbolo das transformações do Brasil Colônia ao Império.
Hoje, o Paço Imperial preserva sua arquitetura original e funciona como centro cultural, abrigando exposições e eventos que revisitam sua trajetória histórica.
O brigadeiro Francisco de Lima e Silva (pai do futuro Duque de Caxias), O deputado João Braulio Moniz (regentes), e o ministro da Justiça e das Relações Exteriores, Aureliano de Sousa e Oliveira Coutinho, mais tarde Visconde de Sepetiba, assinaram o decreto no Paço da Cidade, atual Paço Imperial da Praça XV, no centro do Rio, sede do governo na época.
Fundado em 10 de janeiro de 1835, o Montepio enfrentou uma exigência do Governo Regencial: era necessário alcançar 100 associados antes que a primeira Diretoria pudesse ser eleita e as operações regulares tivessem início.
Esse marco foi atingido em junho do mesmo ano, permitindo que a eleição ocorresse na reunião do dia 14 de junho de 1835. Curiosamente, o escolhido para a presidência foi Estevão Ribeiro de Resende, então Conde de Valença, que recusou o cargo devido a problemas de saúde. Em uma segunda votação, foi eleito João Carneiro de Campos, oficial da Chancelaria do Império.
João Carneiro de Campos, primeiro presidente da MAG, era alto oficial do Ministério da Justiça, nascido em 6 de novembro de 1774 e falecido em 20 de março de 1860.
Ata da primeira reunião para eleição da diretoria
João Carneiro de Campos, primeiro presidente
Em 1835, logo depois da fundação da MAG, o ministro da Justiça, Manuel Alves Branco, mandou carta a todos os Ministérios, solicitando que autorizassem o desconto em folha de pagamento dos funcionários que optassem por subscrever o plano de pensão do Montepio Geral de Economia dos Servidores do Estado. O primeiro a sacramentar a prática foi o Ministério da Marinha, por ordem de seu titular, Capitão de Mar e Guerra José Pereira Pinto.
Quando começou a operar, a MAG não tinha sequer sede própria, mas contava com uma rede de distribuição gigantesca. Graças a um decreto do Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Fazenda, Manoel do Nascimento Castro e Silva, todas as repartições públicas do Ministério da Fazenda espalhadas pelos quatro cantos do país, passaram a receber as contribuições para o plano de pensão da empresa e a efetuar os pagamentos dos devidos benefícios. Além disso, encaminhavam para a Diretoria do Montepio as propostas de ingresso que recebiam. Em 1843, oito anos após tomar essa decisão, Manoel Castro e Silva foi presidente da nossa instituição. Se não fosse por esta decisão, a MAG estaria limitada a atuar apenas no Rio e arredores.
Consignação em folha
Manoel do Nascimento Castro e Silva
Um benefício de suma importância para o início da entidade foi a concessão de quotas lotéricas. Nos mesmos moldes do que ainda se vê atualmente, as loterias exploradas pelo governo tinham papel preponderante na captação de recursos para os cofres públicos e, em circunstâncias excepcionais, algumas extrações eram destinadas às entidades benemerentes, como a Santa Casa da Misericórdia. Nesses casos, as despesas de confecção dos bilhetes personalizados e sua venda corriam por conta do beneficiado. No que diz respeito ao Montepio, o pleito foi acolhido com boa vontade pela Assembleia Legislativa, conforme a notícia publicada no Jornal do Commercio, em sua edição de 15 de outubro de 1835, dando conta das deliberações da Câmara do Senado.
Registro das loterias na Ata de Reunião da Diretoria do Montepio
Eusébio de Queirós Coutinho da Silva, um dos primeiros associados da MAG Seguros, teve seu registro oficializado na Ata de Reunião de Diretoria de 29 de junho de 1835, marcando sua presença entre os pioneiros da instituição.
Como figura proeminente do Império, Eusébio de Queirós não apenas integrou o seleto grupo de clientes iniciais da MAG, mas também deixou um legado histórico como jurista e político, sendo o autor da Lei Eusébio de Queirós (1850), que proibiu o tráfico de escravos no Brasil. Sua ligação com a MAG reforça o vínculo da seguradora com personalidades que moldaram o país, preservando em seus arquivos a memória de um período crucial da formação nacional.
Em 1836 , com pouco mais de um ano de operação, a MAG começou a pagar o primeiro benefício. Foi a pensão destinada à Maria Francisca, irmã do brigadeiro do Exército João Valentim de Faria Sousa Lobato - naquela época, brigadeiro era o posto imediatamente inferior ao general.
João Lobato veio para o Brasil em 1808 com a Família Real portuguesa, e exerceu cargos de alta confiança para D. João VI e, depois da Independência, para D. Pedro I. Também administrava os prédios públicos mais importantes, dentre os quais os palácios da Cidade (atual Paço Imperial da Praça XV) e da Quinta da Boa Vista (atual Museu Nacional).
Certificado de participante do brigadeiro João Valentim de Faria Sousa Lobato e proposta de ingresso – carta de próprio punho.
Em 31 de julho de 1836, a Condessa de Belmonte, Mariana Carlota de Verna Magalhães Coutinho, tornou-se associada do Montepio dos Servidores do Estado (atual MAG Seguros), conforme registrado na Ata de Reunião de Diretoria da instituição. Figura importante na história do Império, a Condessa atuou como camareira-mor durante o Primeiro Reinado e foi responsável pelos cuidados e educação inicial de D. Pedro II, sendo considerada como uma segunda mãe pelos filhos de D. Pedro I. Após a partida do imperador para Portugal em 1831, ela foi encarregada de cuidar dos filhos do monarca, incluindo o futuro D. Pedro II, e mais tarde tornou-se dama de companhia da imperatriz Teresa Cristina, além de madrinha da princesa Leopoldina em 1847. Seu registro no Montepio mostra a diversidade de perfis que compunham a base de associados da instituição.
Condessa de Belmonte
Em 1839, Luís Alves de Lima e Silva — então uma promissora figura militar e futuro Duque de Caxias, um dos mais destacados nomes do Segundo Reinado — ingressou na MAG sob a matrícula 904. Optando pelo plano de pensão 1.295, destinou um benefício de 1:080$000 (um conto e oitenta mil réis) a cada uma de suas duas filhas, Luiza e Anna. Após seu falecimento em 1880, a MAG assumiu o compromisso de garantir o sustento das herdeiras até o fim de suas vidas.
Reconhecido como "O Pacificador" por sua habilidade estratégica e liderança resoluta, Caxias tornou-se peça fundamental na consolidação do Império, atuando em conflitos decisivos como a Revolução Farroupilha e a Guerra do Paraguai. Sua trajetória exemplar permanece como legado indelével na história política e militar do Brasil.
Documento de ingresso do Duque de Caxias na MAG
Francisco Manuel Barroso, o Barão do Amazonas, que entrou para a História como Almirante Barroso, o grande comandante da esquadra brasileira na famosa batalha do Riachuelo, foi cliente da MAG ingressando em maio de 1839 como Capitão Tenente da Armada Nacional. O Almirante faleceu em 1882 deixando sua família amparada pela pensão 1.388 da MAG.
Dom Romualdo Antônio de Seixas teve um papel destacado na coroação de D. Pedro II. Em 18 de julho de 1841, como Arcebispo da Bahia e Primaz do Brasil, ele foi o responsável por sagrar e coroar o jovem imperador, então com apenas 15 anos, na Capela Imperial do Rio de Janeiro.
Essa cerimônia marcou a maioridade antecipada de D. Pedro II, consolidando sua ascensão ao trono após o período regencial. Como principal figura religiosa do Império, Seixas reforçou a aliança entre a Igreja e a monarquia, legitimando o governo do novo soberano perante a nação.
Sua participação na coroação simbolizava não apenas o apoio da Igreja Católica ao regime imperial, mas também sua própria influência como um dos clérigos mais poderosos do Brasil na época.
Dom Romualdo Antonio de Seixas - Marquês de Santa Cruz
Coroação de D. Pedro II - obra pintada pelo escritor romancista, político, jornalista, caricaturista, arquiteto, professor e diplomata brasileiro Manuel José de Araújo Porto-Alegre, primeiro e único barão de Santo Ângelo - que também foi cliente da MAG
No século XIX, os membros da Igreja Católica no Brasil atuavam quase como servidores públicos, desempenhando funções que transcendiam o âmbito religioso. Além das obrigações eclesiásticas, os clérigos integravam a administração do Estado, participando do Conselho de Estado, registrando atos civis e atuando como educadores. Essa condição híbrida explica por que Dom Romualdo Antônio de Seixas se inscreveu no Montepio Geral de Economia dos Servidores do Estado, instituição previdenciária destinada a funcionários públicos. O registro da pensão deixada por ele para sua família está na Ata de Reunião de Diretoria do dia 17 de abril de 1861.
Também em 1841 – a instituição alugou um prédio em frente à Academia Imperial de Belas Artes e estabeleceu sua sede, onde permanece até hoje, 184 anos depois. É a única empresa brasileira que se mantém no mesmo endereço há tanto tempo.
Em 31 de outubro de 1847, a MAG Seguros registrou a pensão deixada por Joaquim Gonçalves Ledo, um dos heróis da Independência do Brasil, para seus familiares - marcando o último capítulo de sua relação com a instituição que havia integrado desde 19 de julho de 1835.
Figura fundamental no processo de emancipação política do país, o jornalista e deputado fluminense levou para a Assembleia Legislativa (onde assumiu seu mandato em 1826) a mesma verve liberal que o destacara nos jornais e nas ruas em 1822. Seus discursos maduros como parlamentar - como atesta seu "Parecer da Comissão de Fazenda" publicado nos anais do Congresso - complementavam o legado do jovem agitador que ajudara a forjar a nação. O registro da MAG preserva assim a memória não apenas de um associado, mas de um dos arquitetos do Brasil independente, cuja trajetória política e institucional se entrelaça com a própria história da seguradora.
Sede da MAG em 1913 - jornal Correio da Noite
Gonçalves Ledo
Corria o ano de 1849 quando Manoel Moreira Lírio da Silva Carneiro foi preso e condenado a 12 anos de cadeia com trabalho forçado. Seu crime foi um desfalque no Tesouro Nacional, onde era funcionário graduado. Seguindo à risca o que estipulava o artigo 17 de seu plano de pensão, a MAG passou a pagar à mulher e à filha do participante um benefício pioneiro, que representou o primeiro auxílio-reclusão da história da previdência brasileira. Graças a ele, Maria Izabel e Maria Carlotta foram salvas da miséria, até que Manoel fosse posto em liberdade. O auxílio-reclusão somente viria a ser implantado pelo Governo do Brasil mais de 100 anos depois.
Em abril de 1853, o 1º Tenente da Armada Nacional Imperial, João da Silva Branco, foi admitido como cliente na MAG. Pouco tempo depois, foi designado capitão do vapor ‘Pernambucana’. Em 9 de outubro do mesmo ano, na viagem entre o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro, o navio foi atingido por fortes ventos e naufragou. A tragédia levou 42 vidas, dentre as quais a do bravo comandante. Antecipando-se em mais de 100 anos à lei que obriga o pagamento do benefício nesses casos, a MAG indenizou a beneficiária do Tenente Branco em 150 mil réis, o valor pago no prêmio inicial. Sem dúvida, mais uma decisão pioneira na história.
Em 1854, o imperador D. Pedro II assinou um decreto, doando em definitivo o imóvel da sede à MAG (decreto 749 de 12 de julho de 1854). Nessa época, foi inaugurada a iluminação a gás e a primeira ferrovia Nacional, obras do empreendedor Barão de Mauá.
Na imagem, um vapor semelhante ao Pernambucana, onde morreu o João da Silva Branco
Desenho que reproduz a fachada original da sede entidade em 1880
Em 2 de março de 1858, a Marquesa de Santos tornou-se uma das pensionistas mais ilustres da história da MAG Seguros. Nessa data, a ata da Diretoria do Montepio dos Servidores do Estado (futura MAG) registrou a pensão vitalícia que Rafael Tobias de Aguiar, seu antigo companheiro, lhe concedera - garantindo sustento não só à ex-amante de Dom Pedro I, mas também aos filhos do casal. Esse registro histórico revela como a MAG, ainda no século XIX, já administrava benefícios de figuras centrais do Império brasileiro.
Em 5 de setembro de 1862, o Montepio dos Servidores do Estado registrou a entrada de Manuel Pinto de Sousa Dantas como associado, documento que hoje integra o acervo histórico da instituição. Estadista de destacada atuação no Império, Dantas não apenas governou o Brasil como presidente do Conselho de Ministros (1884-1885) - no conhecido Gabinete Dantas - como também exerceu influentes funções como ministro da Justiça (1880-1882), da Agricultura (1866-1868) e interinamente do Império e dos Estrangeiros. Sua trajetória política foi marcada pelo abolicionismo progressista, que defendia não apenas a libertação dos escravos, mas também reformas agrárias e educacionais. Antes de chegar ao governo nacional, administrou as províncias da Bahia e Alagoas, além de ter sido provedor da Santa Casa de Misericórdia de Salvador e ocupado cadeira no Conselho de Estado. O registro na MAG testemunha a diversidade de perfis que compunham a base associativa da instituição, preservando a memória de um dos formuladores das grandes transformações sociais do final do século XIX no Brasil.
Sousa Dantas
Ao fim de seu mandato como presidente do Montepio, o ministro da Marinha, Joaquim José Ignacio, deixou um legado admirável para a nova Diretoria. Em seu relatório datado de 10 de agosto de 1863, ele afirma que os atestados médicos inidôneos apresentados pelos participantes levariam a instituição a um colapso financeiro, pois muitos deles ingressavam seriamente doentes. Ciente disso, a nova administração, comandada pelo Conselheiro Manoel de Jesus Valdetaro, instituiu a primeira comissão médica para examinar os candidatos a participantes da Corte e do Rio de Janeiro, mais tarde replicada para todas as demais províncias (o mesmo que Estados) do Império. Graças a esse protocolo, a empresa escapou de uma enorme crise financeira.
Em 1864, durante a Guerra do Paraguai, maior conflito armado da América do Sul, a MAG foi presidida por um dos maiores estadistas brasileiros de todos os tempos, José Maria da Silva Paranhos, Visconde do Rio Branco.
Rio Branco foi onze vezes ministro, instalou o telégrafo submarino entre Brasil e Europa, realizou o primeiro recenseamento nacional e sancionou a Lei do Ventre Livre, marco inicial para abolição da escravatura.
A Guerra do Paraguai vitimou cerca de 200 mil pessoas, das quais 60 mil brasileiros. Muitos desses heróis tiveram suas famílias sustentadas pelos benefícios garantidos pela MAG. É o caso do Capitão de Fragata Balduíno José Ferreira de Aguiar, primeiro combatente da nossa Marinha na Guerra do Paraguai. Comandando a canhoneira Anhambaí em 27 de dezembro de 1864, ele defendeu o forte Coimbra, no Mato Grosso, contra o ataque de 10 navios e mais de 3.000 soldados inimigos, força muito superior à sua. Mesmo tendo causado pesadas perdas aos paraguaios, foi obrigado a retirar-se ao fim de dois dias de batalha por falta de munição. Cliente da MAG desde 1849, quando ainda era Segundo Tenente, Balduíno sobreviveu à guerra e, ao falecer anos mais tarde, deixou a família muito bem amparada pelo plano de pensão da companhia.
Manoel de Jesus Valdetaro, presidente da MAG de 1863 a 1865. Foi criador da primeira comissão médica
Inscrição de Balduíno José Ferreira de Aguiar, datada de 1849, teve como aporte de contribuição anual a quantia de novecentos e sessenta e oito mil réis
Em 12 de novembro de 1864, Frederico Carneiro de Campos, então diretor adjunto da MAG Seguros (Montepio dos Servidores do Estado), tornou-se vítima de um dos episódios mais dramáticos da história sul-americana. Durante uma viagem pelo rio Paraguai a bordo do navio Marquês de Olinda, ele e todos os passageiros foram capturados por ordem do presidente Francisco Solano López, como represália às intervenções brasileiras no Uruguai. Esse ato, anterior à invasão paraguaia do Mato Grosso, é considerado o estopim da Guerra do Paraguai (1864-1870). Campos, que havia sido recebido com honras em Assunção dias antes, morreria três anos depois, em 3 de novembro de 1867, na fortaleza de Humaitá, vítima de maus-tratos e fome – assim como muitos de seus companheiros de prisão.
Sua ligação com a MAG era dupla: além de cliente, havia exercido o cargo de diretor adjunto entre 1857 e 1859, conforme registrado na ata de 12 de julho de 1857. A tragédia pessoal de Campos ecoou na instituição, que garantiu pensão a seus herdeiros, incluindo sua esposa, Auta Ferreira França – que, segundo relatos, enlouqueceu diante do sofrimento. A história de Campos une a trajetória da MAG a um capítulo crucial do Brasil Imperial, mostrando como a seguradora esteve ligada a figuras centrais dos conflitos que moldaram o país.
Coronel Carneiro de Campos prisioneiro no Paraguai em charge da Semana Illustrada.
Em 10 de abril de 1866, a ata do Montepio dos Servidores do Estado, hoje MAG Seguros, registrava a pensão deixada por Francisco Manuel da Silva, o compositor imortalizado como o autor da música do Hino Nacional Brasileiro. Sua obra-prima, originalmente composta como Hino ao Sete de Abril (1831) em celebração à abdicação de Dom Pedro I, tornou-se símbolo da identidade nacional, sendo oficializada como hino em 1890 e recebendo sua letra definitiva em 1922. Além desse legado patriótico, Francisco Manuel da Silva foi um dos pilares da música erudita no Brasil: co-fundador do Conservatório de Música do Rio de Janeiro (primeiro da América do Sul), regente da Capela Imperial e figura central na organização da vida musical do país durante o Império.
Sua trajetória brilhante — marcada por composições sacras, óperas censuradas e a regência de centenas de músicos em eventos históricos — encontra-se também preservada no acervo da MAG Seguros, que guarda documentos sobre sua associação à instituição. Assim como seu hino unifica os brasileiros, a MAG mantém viva a memória de personalidades como Francisco Manuel da Silva, cujas contribuições culturais e institucionais continuam a inspirar gerações.
Em 27 de novembro de 1874, a Ata de Reunião da Diretoria do Montepio dos Servidores do Estado registrou a pensão deixada por Inácio Manuel Álvares de Azevedo, cliente da instituição e pai do célebre poeta romântico Álvares de Azevedo. Além de assegurar o sustento da família após sua morte, Inácio teve um papel fundamental na preservação do legado literário do filho, falecido prematuramente aos 20 anos: foi ele quem organizou e publicou as obras póstumas do jovem gênio, incluindo a icônica Lira dos Vinte Anos, marco da segunda geração romântica brasileira. O documento da MAG não apenas atesta o vínculo da família com a seguradora, mas também revela como a história da instituição se entrelaça com a trajetória de uma das figuras mais luminosas da literatura nacional.
Francisco Manuel da Silva
Foto de Azevedo tirada no final da década de 1840
Em 27 de junho de 1877, a ata do Montepio dos Servidores do Estado, hoje MAG Seguros, registrava a associação de Manuel Pereira Reis, um dos grandes nomes da ciência e do simbolismo nacional. Astrônomo, pesquisador e fundador do Observatório do Valongo (atualmente vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro), Pereira Reis deixou um legado fundamental para a astronomia brasileira. Além de seu trabalho científico, ele desempenhou um papel crucial na criação da bandeira nacional, sendo responsável pelo preciso alinhamento das estrelas que representam o céu do Brasil no brasão republicano.
Sua contribuição vai além do desenho da bandeira: seu observatório formou gerações de astrônomos, consolidando o estudo da astronomia no país. A MAG Seguros preserva em seu acervo histórico o registro de sua associação, reforçando a relação entre a instituição e personalidades que moldaram o Brasil em diferentes áreas. A trajetória de Manuel Pereira Reis é um testemunho do espírito visionário que a MAG valoriza e mantém vivo em sua memória institucional.
Em 14 de janeiro de 1881, a Ata de Reunião da Diretoria do Montepio dos Servidores do Estado registrou a pensão deixada por Manuel José de Araújo Porto-Alegre, o primeiro e único Barão de Santo Ângelo, para seus familiares. Figura ímpar na cultura brasileira do século XIX, Porto-Alegre destacou-se como escritor, pintor, arquiteto, caricaturista (sendo considerado o primeiro do país), diplomata e intelectual multifacetado. Sua obra, que transitou entre o Neoclassicismo e o Romantismo, refletia o duplo desafio de sua geração: conciliar a herança cultural europeia com a construção de uma identidade nacional. Membro ativo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e próximo a D. Pedro II, seu legado permanece não apenas nas artes, mas também neste registro da MAG, que atesta sua condição de associado da instituição.
Em 1885, um incêndio criminoso abalou a sede do Montepio, destruindo o segundo andar e parte do telhado. A perícia identificou três focos de fogo, revelando uma ação intencional – logo atribuída ao próprio tesoureiro da Instituição, que tentava ocultar um desfalque. Quatro dias após o ocorrido, o Visconde de Paranaguá, então presidente, assegurava em anúncio público o funcionamento provisório no Conservatório de Música (rua Imperatriz Leopoldina), mantendo os pagamentos de pensões sem interrupção. Apesar das chamas, o essencial foi preservado: os arquivos de atas e dossiês dos participantes, salvos do desastre e hoje fundamentais para reconstituir a história da MAG. Em 2025, completam-se 140 anos desse episódio que, mesmo trágico, reforçou a resiliência da Instituição e seu compromisso inabalável com os associados.
Em 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca e o Tenente Coronel Benjamin Constant instalaram a República. O Coronel Benjamin Constant Botelho de Magalhães, além de cliente do antigo montepio, foi diretor da companhia no período de 1875 a 1877. Benjamin Constant foi militar, engenheiro, professor e dirigente do Instituto dos Meninos Cegos, que hoje leva seu nome. Herói da Guerra do Paraguai, foi decisivo na proclamação da República, e ocupou os cargos de Ministro da Guerra e, posteriormente, Ministro da Instrução Pública, nos primeiros gabinetes do novo Regime.
Vários jornais da época noticiaram o fato e já naquele tempo, a MAG se preocupava em dar continuidade aos seus negócios, sem interrupção do pagamento das pensões.
Aceitação da proposta de ingresso de Benjamin Constant
Dois dos mais importantes personagens da Proclamação da República também fizeram parte da história da empresa. No lado do Império, José da Costa Azevedo, o barão de Ladário, ministro da Marinha. Participante do plano de pensão do Montepio, ele foi a única vítima do movimento, alvejado por um soldado desconhecido. Contudo, salvou-se e, mais tarde, tornou-se senador no novo regime. No lado oposto, o coronel Benjamin Constant, principal articulador do golpe que derrubou a Monarquia e instalou a República. Embora discordassem em muitos assuntos, dentre os quais a melhor forma de governo para o Brasil, ambos concordavam que a previdência é essencial para salvaguardar o futuro da família.
Em 15 de abril de 1894, a história da MAG Seguros cruzou-se com a da música brasileira: a ata de reunião do Montepio dos Servidores do Estado registrou o pedido de pensão da viúva e das filhas do marechal de campo José Basileu Neves Gonzaga. Entre as solicitantes estava Francisca Edwiges Gonzaga do Amaral – a celebrada Chiquinha Gonzaga, que usou seu nome de casada no requerimento. O documento não só atesta o vínculo institucional da família com a MAG, mas também revela um momento pouco conhecido da vida da compositora, que, anos antes de se consagrar como autora de "Ó Abre Alas", buscou amparo financeiro após a morte do pai.
Em 23 de maio de 1897, a ata do Montepio dos Servidores do Estado, hoje MAG Seguros, registrava a pensão deixada pelo Almirante Tamandaré para seus familiares, marcando sua duradoura relação com a instituição. Patrono da Marinha do Brasil e herói nacional, Tamandaré teve uma carreira militar brilhante, atuando em conflitos como a Guerra da Independência, as revoltas do Período Regencial e a Guerra do Paraguai. Leal ao Imperador D. Pedro II, recusou-se a apoiar a República e, após décadas de serviço, aposentou-se em 1890 como um dos maiores nomes da história naval brasileira.
Sua trajetória também está vinculada à MAG Seguros desde 31 de janeiro de 1848, quando se associou ao então Montepio dos Servidores do Estado. Seu nome, hoje inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, permanece não apenas na memória nacional, mas também no acervo histórico da MAG, que preserva documentos essenciais sobre sua vida e legado. A instituição honra essa conexão, mantendo viva a história de figuras ilustres que ajudaram a construir o Brasil.
Atentado contra o Barão de Ladário, no dia da Proclamação da República
JOAQUIM MARQUES LISBOA - o Almirante Tamandaré
Em 1903, um rumor ameaçador pairou sobre a então chamada Montepio Geral de Economia dos Servidores do Estado: o Governo planejava extinguir a instituição, fundindo-a com o recém-criado Montepio Federal. Diante da iminência desse golpe, os diretores da empresa agiram rapidamente e buscaram ajuda em um nome de peso: José Leopoldo de Bulhões Jardim, signatário da Constituição de 1891 e figura de grande influência política.
A confirmação veio – o risco era real. Mas, graças à intervenção estratégica de Leopoldo de Bulhões, a fusão foi impedida, salvando a companhia de um fim abrupto. Dois anos depois, em reconhecimento à sua atuação decisiva, ele foi eleito presidente da MAG, consolidando um legado que transcendeu os muros da organização.
Nascido em Goiás, Leopoldo de Bulhões foi um estadista de trajetória brilhante: deputado federal por duas legislaturas, senador por três e ministro da Fazenda, onde teve papel crucial no plano de estabilização monetária do presidente Rodrigues Alves. Sua carreira ainda incluiu o comando da prefeitura de Petrópolis (RJ), cidade onde viveu até seu falecimento, em 1928.
Hoje, o homem que salvou a companhia da extinção é imortalizado no nome de um município goiano e de uma importante avenida no Rio de Janeiro.
Em novembro de 1904, explode no Rio de Janeiro a Revolta da Vacina, movimento contra a campanha de Osvaldo Cruz para acabar com a febre amarela e varíola. Foram 30 mortos, 945 detidos e 461 pessoas deportadas para o Acre.
Em 1908, o Brasil comemorava os 100 anos da chegada da Família Real portuguesa, mudança histórica que culminaria com a independência do nosso país. Naquela ocasião, as principais instituições nacionais publicaram anúncios, com a finalidade de atestar o avanço econômico da nossa nação. Entre elas, a MAG.
É interessante observar quatro aspectos nessa publicação: o montante do capital da empresa e como era aplicado (apólices do governo), bem como o público-alvo das ações comerciais, somente funcionários públicos. Por fim, a lei que manteve as subvenções lotéricas conquistadas em 1835 até 1930.
José Leopoldo de Bulhões Jardim
Em 1914, começou a 1ª. Guerra Mundial, um conflito com novas armas, como gases, tanques, aviões e submarinos. Os efeitos foram mais de 20 milhões de mortos.
O Brasil participou com 2000 soldados e 100 médicos. Nessa época, a MAG amparava mais de 4000 famílias de pensionistas.
Por 79 anos, a MAG Seguros operou sem telefone — simplesmente porque a tecnologia ainda não existia no Brasil. Fundada em 1835, a empresa testemunhou a chegada do invento de Graham Bell em 1876, mas só pôde instalar seu primeiro aparelho em 1914, com o número NORTE 5576. Entre idas e vindas — como incêndios que paralisaram a rede e concessões fracassadas —, a espera simboliza a paciência de uma instituição que atravessou séculos adaptando-se a cada revolução.
Do telégrafo à inteligência artificial, das lâmpadas a óleo à energia limpa, a MAG não apenas acompanhou a história, mas aprendeu a dominá-la. Uma trajetória que prova: enquanto tecnologias passam, a solidez permanece.
Em 1923, o deputado federal Eloy de Miranda Chaves aprovou projeto de lei que criava as Caixas de Aposentadoria e Pensão para os ferroviários.
Considerada a pedra fundamental da previdência social brasileira por grande parte dos historiadores e estudiosos, essa lei foi de grande importância, mas, não pode ser considerada o início de tudo. Oitenta e oito anos antes, em 10 de janeiro de 1835, a Regência que governava o Brasil em nome do imperador Dom Pedro II (ainda menor de idade) criou o Montepio Geral de Economia dos Servidores do Estado, atual MAG, verdadeira origem da previdência em nosso país.
A Revolução de 1930, comandada por Getúlio Vargas, derrubou o Presidente Washington Luiz, acabou com subsídio das loterias, proibiu a consignação em folha e ameaçou tomar a sede da MAG.
Eloy Chaves
Em 10 de janeiro de 1935, a MAG celebrou 100 anos, com 50 mil contos de réis em pensões pagas, 490 contos de réis em bonificações a pensionistas de baixa renda e 300 contos de réis em donativos à caridade. Na época, 2795 famílias eram amparadas pela MAG. Para comemorar, foi lançada a primeira campanha publicitária nacional.
Anúncio da festa do centenário
Recorte do Diário da Tarde de 1976 confirmando que a partir de 1939 qualquer pessoa poderia se associar a empresa
A partir de 1939, a MAG ampliou significativamente seu alcance ao permitir que qualquer cidadão brasileiro pudesse se associar, eliminando a exigência anterior de vínculo com o serviço público. Esta mudança estratégica democratizou o acesso aos produtos de previdência privada e seguros, permitindo que trabalhadores de todos os setores - comerciários, industriais, profissionais liberais e outros - pudessem usufruir da proteção social oferecida pela empresa.
Em 1939, durante a Segunda Guerra Mundial — conflito desencadeado pela Alemanha, Itália e Japão, que ceifou mais de 40 milhões de vidas, incluindo o massacre de 6 milhões de judeus — o Brasil entrou no cenário bélico com bravura.
Nossos pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB) lutaram com destaque nos campos da Itália, enquanto a Força Aérea Brasileira brilhou nos céus da Europa. Já a Marinha sofreu uma perda dolorosa: o navio Vital de Oliveira, único da frota brasileira afundado pelos alemães durante o conflito.
Nesse contexto, a MAG contribuiu significativamente para o esforço de guerra, destinando parte de sua arrecadação à compra de Obrigações de Guerra do Governo Federal. Além disso, participou ativamente de uma campanha nacional para incentivar doações de empresas privadas, visando a aquisição de aeronaves de treinamento para a formação de novos pilotos. Como parte desse compromisso, a MAG doou um avião ao Ministério da Aeronáutica.
Mesmo em meio ao conflito, a companhia manteve seu papel social, oferecendo amparo a mais de 2.800 famílias.
Nota do Jornal do Brasil de 1942 sobre a doação de aeronave feita pela MAG
Foi em 1941, na gestão do ministro Ranulpho Bocayuva Cunha, que a empresa começou a operar a Caixa Predial. Sua finalidade era adquirir imóveis comerciais para alugar, aumentando a receita do então montepio. Essa foi a semente do Programa de Cooperativismo Habitacional, lançado em 1966 pelo presidente Emílio Gonçalves Filgueiras, com o objetivo de construir edifícios de apartamentos para serem vendidos aos participantes dos planos da instituição, por meio de financiamentos com juros baixíssimos. Pouco tempo depois, foi a vez dos automóveis: a companhia lançou um consórcio nacional destinado exclusivamente aos seus clientes. Mais duas iniciativas pioneiras que fizeram história.
Em 1948, o Jornal do Commercio do Rio de Janeiro (edição nº 47) divulgou um balanço impressionante da empresa:
Edição 47 do Jornal do Commércio – ano 1948
Em 1854, o Imperador D. Pedro II assinou o decreto que doou o imóvel da sede histórica da Travessa Belas Artes à nossa companhia. 76 anos mais tarde, o Governo da Revolução de 1930 resolveu recuperar o prédio. Iniciou-se, então, uma disputa que levaria 20 anos, até que o Senador Fernando de Melo Viana apresentou, em 1950, o projeto de lei que pôs um ponto final na querela e confirmou a palavra do Imperador. Vice-presidente do Brasil no período de 1926 a 1930, o Senador também reconheceu no texto do seu projeto de lei a nossa empresa como “primeira associação que praticou a assistência social no Brasil”. Graças a esse político, advogado e professor, o Senado e a Câmara de Deputados aprovaram a lei que nos assegura o direito de permanecer para sempre no mesmo endereço onde funcionamos há 184 anos (1841-2025).
Em 1954, três meses após o suicídio do presidente Getúlio Vargas, seu vice, João Café Filho, sancionou a Lei nº 2.339, em 20 de novembro. O texto consolidou a MAG como a única empresa brasileira consignatária do servidor público federal por determinação legal.
Na época, a companhia contava com 3.126 clientes ativos e distribuía benefícios a mais de 2.700 famílias de pensionistas.
Graças ao Senador Fernando de Melo Viana, continuamos na nossa sede histórica
A pensão deixada pelo Dr. João da Luz para suas filhas é a mais longeva da história do Brasil, com incríveis 84 anos de pagamento consecutivo. Iniciada em 1879, só foi encerrada em 1963, marcando um feito singular no país.
Natural de Itu, o Dr. João da Luz atuou como médico e, além de seu legado na saúde, entrou para a história por assegurar o sustento de suas filhas por mais de oito décadas.
Em 1965, a MAG (como Montepio Geral) lançava o Plano Montepio Real da Família Brasileira – um pacote pioneiro para pessoas de 18 a 65 anos, sob gestão de Emílio Filgueiras. O anúncio (Jornal do Brasil, ed. 92) trazia até formulário para visitas domiciliares, mostrando como a empresa já inovava no atendimento. Veja abaixo este marco que reforça o legado da MAG em criar soluções acessíveis e visionárias.
Em 1966, 131 anos após a fundação da nossa companhia, o novo governo criou o INPS, Instituto Nacional de Previdência Social, que pouco mais tarde reconheceria a MAG como pioneira da previdência no Brasil.
Nesse momento, a MAG também passava por grandes transformações. O Movimento Atualizador, comandado por Emílio Filgueiras, lançou produtos inéditos no mercado, criou um Plano Habitacional para os nossos clientes, com dezenas de imóveis.
Em 1967, foi lançado o Consórcio de Automóveis Conso – Mon - Real que, apesar do nome um tanto estranho e complicado, fez o maior sucesso entre os clientes. Foi mais uma vitoriosa iniciativa do Programa de Benefícios em Vida, que incluía, também, financiamento da casa própria. Os grupos de participantes eram formados com 100 clientes de qualquer plano da empresa, que pagavam prestações de apenas 1% do valor do veículo. A ordem de entrega se fazia por lances e sorteios, permitindo que, em aproximadamente 50 meses, todos os carros do grupo fossem entregues. Em apenas três meses de funcionamento, o consórcio entregou 10 carros ao primeiro grupo de 100 participantes.
Certificado da pensão do Dr. João da Luz. O recorde de pensão mais longeva da história do Brasil : 84 anos consecutivos.
Jornal do Brasil - edição 92 - 1965
Ofício INPS, datado de 1972
Os ‘fuscas’ eram os carros mais populares no Consórcio da Mongeral
Logo abaixo, o recorte do anúncio publicado na edição 208 do Jornal do Brasil, em 1968, mostra a campanha que oferecia financiamento de Volks zero Km por parcelas de 145 cruzeiros novos, com juros abaixo do mercado, especialmente projetado para beneficiar seus clientes. Essa iniciativa reforçou o compromisso da empresa em criar soluções vantajosas, consolidando mais um grande momento em sua história.
Em 1968, mais um lançamento pioneiro: o Plano de Aposentadoria, uma novidade que mexeu profundamente com o mercado.
O Centro de Memória da MAG revela um importante momento de 1974: um anúncio publicado no Diário de Pernambuco destacando os benefícios do plano de aposentadoria da então Mongeral. Veiculado na 'Coluna do Servidor – Mongeral Informa', espaço regular nos principais jornais da época, o material abaixo ilustra como a empresa já consolidava sua missão de oferecer proteção e planejamento financeiro aos servidores públicos, mantendo esse propósito até os dias atuais como MAG Seguros.
Na época, 1969, chega à companhia a Augustus Promoções e Vendas, empresa paulista dirigida por Nilton Molina e Fernando Mota, trazendo um modelo de distribuição novo e ousado, com corretores-funcionários.
Assumindo as vendas em todo o território nacional, a Augustus alcançou em pouco tempo a marca de 300 mil novos clientes conquistados para a MAG, um recorde absoluto no mercado da época.
Evento Augustus Promoções e Vendas
Fernando Mota (de óculos escuro) e Nilton Molina
Em 1973, a MAG Seguros inovava mais uma vez ao lançar seu Plano de Pensão Educacional, anunciado no Diário da Noite de São Paulo – jornal que circulou por 55 anos (1925-1980). Com o objetivo de assegurar a formação integral dos filhos dos clientes, desde o ensino fundamental até a universidade, o plano foi um marco no mercado, alcançando estrondoso sucesso comercial. À época, a Augustus Promoções e Vendas, representante nacional dos produtos Mongeral, liderava as vendas sob a direção de Nilton Molina e Fernando Mota – hoje, respectivamente, Presidente do Instituto de Longevidade MAG e Presidente do Conselho Deliberativo da MAG Fundo de Pensão e Conselheiro da MAG. Confira abaixo esta peça histórica que ilustra o pioneirismo da empresa em criar soluções que transcendem gerações.
Nos anos 1970, a coluna Mongeral Informa, escrita pelo renomado jornalista Duarte Moreira, consolidou-se como fonte essencial de informação para servidores públicos, abordando com clareza temas como direitos trabalhistas, previdência e saúde coletiva. Publicada diariamente nos principais jornais do país, a coluna se destacava por seu caráter informativo e pela habilidade em traduzir questões complexas em linguagem acessível.
Um exemplo emblemático foi a edição de 1973 no Diário da Noite, que cobriu um importante encontro sobre Medicina em Grupo. O evento reuniu representantes da MAG, da Augustus (então responsável pela comercialização dos planos MAG), incluindo Nilton Molina e Fernando Mota, além de destacados profissionais da saúde.
Mais do que notícias, a coluna funcionava como ponte entre as instituições e os servidores, promovendo transparência e diálogo em uma época de comunicação ainda limitada. Seu legado permanece como referência do jornalismo especializado em benefícios e políticas públicas.
Recorte do Diário do Servidor - reunião sobre Medicina em Grupo na Augustus
A Ponte Presidente Costa e Silva, mais conhecida como Ponte Rio-Niterói, foi inaugurada no dia 04 de março de 1974. A construção da ponte começou em janeiro de 1969. A empresa Central de Ferropronto S.A, pioneira na América do Sul em armaduras de ferro para concreto, teve em sua história a participação em obras grandiosas como: a Ponte Rio-Niterói, a Usina Atômica de Angra dos Reis e a estação do Pão de Açúcar.
O que poucos sabem é que a MAG era a maior acionista individual da Ferropronto e que a Mongeral Dados (Mondados), empresa de processamento de dados, fazia a contabilidade da empresa.
Um dos mais importantes prêmios do mercado brasileiro de seguros e previdência, o Galo de Ouro foi criado no ano de 1974, pelo Presidente do Instituto de Longevidade MAG e Presidente do Conselho Deliberativo da MAG Fundo de Pensão, Nilton Molina. É uma homenagem ao pugilista Eder Jofre, o “Galinho de Ouro”, bicampeão mundial de boxe.
Primeiro troféu Galo de Ouro 1974 e Éder Jofre, tricampeão mundial.
Modelos de troféus do Galo de Ouro usados ao longo do tempo
Desde 1974, a MAG já demonstrava seu compromisso com a inclusão e valorização do trabalho feminino. Em um anúncio publicado no Jornal de Pernambuco, a empresa, através da Augustus, convocava jovens e senhoras para ingressarem no mercado de previdência, destacando que não era necessária experiência prévia, pois todas as contratadas receberiam treinamento adequado. Essa iniciativa pioneira não apenas abriu portas para mulheres no setor de previdência, mas também reforçou o papel da MAG como empresa que promovia oportunidades profissionais independentemente de gênero, alinhada com as transformações sociais da época.
Anúncio de vagas para mulheres na MAG - Diário de Pernambuco em 1974
Em 1975, ao celebrar seus 140 anos, a MAG recebeu uma homenagem especial dos Correios brasileiros com o lançamento de um carimbo comemorativo. O desenho, criado por Marta Poppe, marcou a ocasião e, após o evento, o carimbo foi incorporado ao acervo do Museu dos Correios, onde permanece como registro histórico dessa celebração.
Essa iniciativa não apenas destacou a trajetória da MAG, mas também reforçou sua importância no cenário nacional, imortalizando sua memória por meio de um símbolo filatélico que hoje faz parte do patrimônio cultural preservado pelos Correios.
Também em 1975, reconhecendo os 140 anos de experiência da MAG na proteção social e no desenvolvimento técnico de atuária, prefeitos de importantes cidades brasileiras solicitaram à empresa estudos e projetos personalizados de seguridade para atender às necessidades específicas de suas municipalidades. A credibilidade da MAG, reforçada por sua condição de consignatária nas esferas federal e estadual, a posicionava como parceira estratégica ideal para auxiliar os governos locais no desenvolvimento de soluções previdenciárias adaptadas às realidades regionais. Essa demanda demonstrava não apenas a confiança das administrações municipais na expertise centenária da empresa, mas também seu papel ativo na construção de políticas públicas de proteção social em todo o território nacional.
Revista Manchete - edição 1214 de 1975
Nota publicada no Diário da Tarde, em 1975
Mais um destaque em 1975 foi a visita de uma comitiva de técnicos venezuelanos especializados em previdência social, que, após avaliarem sistemas de diversos países, concluíram que os planos da MAG apresentavam solidez técnica superior até mesmo aos oferecidos em nações altamente desenvolvidas. Esse reconhecimento internacional atestava a vanguarda atuarial e a capacidade de inovação da empresa brasileira, que em seus 140 anos de história havia desenvolvido modelos previdenciários adaptados às necessidades locais, sem perder o rigor técnico comparável aos melhores padrões mundiais. A visita consolidou a MAG como referência continental em seguridade social, demonstrando como uma empresa brasileira poderia servir de modelo até para países desenvolvidos.
Nota publicada no Jornal do Commercio em 1975
Em 1976, a MAG (então MONGERAL) firmou uma parceria histórica com o Governo Federal para esclarecer a população sobre as leis da Previdência Social. A iniciativa surgiu após reuniões entre o Ministro do Trabalho e Previdência, Luís Gonzaga do Nascimento e Silva, e a diretoria da empresa. Durante os encontros, o Sr. Nilton Molina, então executivo e atual Presidente do Instituto de Longevidade MAG e Presidente do Conselho Deliberativo da MAG Fundo de Pensão , apresentou uma proposta inovadora e revelou um dado alarmante: a grande maioria dos brasileiros desconhecia seus direitos previdenciários.
Para colocar o projeto em prática, a MAG mobilizou sua equipe de 430 corretores, especialmente treinados para percorrer o país e orientar os cidadãos. Essa ação reforçou o compromisso social da empresa e seu pioneirismo no setor, além de marcar sua primeira colaboração direta com o Governo Federal. A parceria não apenas cumpriu seu objetivo de informar a população, mas também consolidou a MAG como uma instituição que alia expertise técnica à responsabilidade social.
Jornal dos Sports Edição 14049 – 08/04/1976
Também em 1976, a MAG promoveu o Concurso Mongeral de Literatura, com o tema "A Previdência é uma Virtude", destinado a alunos do primeiro grau de todo o Brasil. O concurso visava incentivar a reflexão sobre a importância da previdência e da proteção futura, valores fundamentais para a empresa, ao mesmo tempo em que estimulava a produção literária entre os jovens. Os textos, preferencialmente digitados em máquinas de escrever — tecnologia que representava modernidade na época —, deveriam ter entre 20 e 25 linhas, conciliando criatividade e concisão. As três melhores redações seriam premiadas, destacando-se não apenas pelo conteúdo, mas também pela clareza e originalidade. A iniciativa reforçava o compromisso da MAG com a educação e a cultura, além de aproximar a empresa das novas gerações, mostrando que a previdência não era apenas um conceito financeiro, mas uma virtude a ser cultivada desde cedo.
Divulgação do Concurso Mongeral de Literatura - Tribuna da Imprensa em 1976
O Diário da Tarde de 29 de setembro de 1976 divulgou o resultado do I Concurso Mongeral de Literatura
Em solenidade realizada no Gabinete do Comando do Exército em 1976, foi firmado um importante convênio entre o Montepio e a Di Mello Produções Cinematográficas para a produção de um documentário sobre a histórica Fortaleza de Santa Cruz. O acordo visava a criação de um registro audiovisual que resgatasse os relevantes fatos históricos associados à fortificação, uma das mais emblemáticas do país. O documentário, que seria exibido durante cinco anos em salas de cinema e emissoras de televisão em todo o território nacional, tinha como objetivo principal difundir o valor patrimonial e a importância estratégica da Fortaleza de Santa Cruz na formação da nacionalidade brasileira, promovendo o conhecimento histórico junto ao grande público. Esta iniciativa cultural representava uma inovadora forma de parceria entre instituições financeiras, produtoras cinematográficas e as Forças Armadas para a preservação da memória nacional.
Matéria sobre o filme da Fortaleza de Santa Cruz patrocinado pela MAG - Tribuna da Imprensa 1976
Em 1977, depois de exercer forte pressão sobre as autoridades, a MAG viu o mercado ser disciplinado com a promulgação da Lei 6.435. Com a participação do atuário Rio Nogueira, a companhia lança no mercado os primeiros planos de previdência com correção monetária, antecipando-se ao governo e a todas as concorrentes.
A partir da esquerda: o ex-ministro Gustavo Krause,
professor Rio Nogueira, professora Julieta e Nilton Molina
Em 1977, a inflação atingiu a marca alarmante de 39%, corroendo contribuições e benefícios dos planos de previdência privada e colocando em risco o futuro financeiro de milhares de participantes. Diante desse cenário desafiador, Nilton Molina, então dirigente da Augustus Promoções e Vendas – empresa responsável pela comercialização dos planos da MAG –, tomou uma iniciativa visionária: buscou o expertise de um dos maiores atuários do país, o professor Rio Nogueira.
Juntos, eles idealizaram uma solução inovadora: planos de previdência com correção monetária embutida, um conceito até então inédito no mercado brasileiro. Fruto dessa colaboração estratégica, nasceram os revolucionários planos de aposentadoria, pensão e pecúlio com correção anual, protegendo os participantes dos efeitos da inflação e garantindo segurança financeira de longo prazo.
Aprovados pela SUSEP e lançados em 1978, os produtos foram um marco no setor, alcançando enorme sucesso e consolidando mais uma vez a MAG como pioneira em inovação. A iniciativa foi tão impactante que as concorrentes tiveram que se adaptar, seguindo o caminho aberto pela nossa empresa.
A Lei 6.435/77 e a criação do Instituto Mongeral de Seguridade Social representaram um marco na previdência brasileira, permitindo que pequenas e médias empresas, independentemente do número de funcionários ou ramo de atividade, tivessem acesso a fundos de pensão. O Instituto surgiu para concretizar os objetivos de política social previstos na legislação oferecendo aos empresários soluções inovadoras em previdência privada. Um anúncio na revista O Cruzeiro, em 1978, ilustrava essa nova fronteira de oportunidades, reforçando o papel da MAG como pioneira e facilitadora desse mercado.
Em 1979, ao comemorar seus 144 anos, a MAG reforçou sua presença no cenário nacional com uma impactante campanha publicitária em veículos de grande circulação. A peça principal trazia o slogan "Há 144 anos a Mongeral participa da História deste País", uma referência às origens do grupo que remontavam a 1835, destacando sua longevidade e conexão com o desenvolvimento do país. As publicações celebravam não apenas a marca, mas também sua trajetória entrelaçada com momentos econômicos e sociais brasileiros, reforçando a solidez e o legado de uma instituição que já era parte integrante da identidade nacional. A campanha, ao unir passado e presente, demonstrava a capacidade da MAG em se reinventar, mantendo-se relevante ao longo de décadas de transformações.
Anúncio em folha dupla na revista “O Cruzeiro” no ano de 1978
Jornal do Commercio - Ano 1979 - Edição 22670
Em um marco de compromisso com o bem-estar de seus colaboradores, a MAG inaugurou em 1979, durante as comemorações da Semana da Previdência Social – celebrada em todo o Brasil –, um moderno ambulatório em sua sede no Rio de Janeiro. O espaço, destinado ao atendimento médico preventivo e emergencial de funcionários e seus familiares, representava a materialização dos valores previdenciários que a empresa sempre defendeu: proteção, cuidado e valorização das pessoas. A cerimônia de inauguração, alinhada com o espírito cívico da data nacional, reforçava o pioneirismo da MAG em oferecer assistência médica corporativa de qualidade, antecipando-se em décadas às atuais práticas de saúde ocupacional. Mais que uma estrutura física, o ambulatório simbolizava a visão humanizada da empresa, que entendia a previdência não apenas como um sistema formal, mas como um conjunto concreto de ações para o bem-estar de sua comunidade.
Nota publicada na Tribuna da Imprensa em 1979
A MAG amparou o
Em 1980, o Censo do IBGE revelou na localidade de Flor da Serra, a 300 km de Foz do Iguaçu, PR, o mais velho dos brasileiros, um homem chamado Quintino José de Oliveira, com 127 anos. Mais extraordinário, ainda, é que se tratava do último sobrevivente da Guerra do Paraguai, dentre os quatro países que participaram do conflito: Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai. Alistado como cozinheiro, seu Quintino também pegou em armas e acabou sendo ferido.
Revista Manchete - edição 1504 de 1981
Revista Manchete - edição 1505 ano 1981
Desde o fim da guerra procurou seus direitos de ex-combatente, mas com alguns documentos extraviados, jamais conseguiu. Então, a MAG entrou em cena e concedeu ao nosso herói uma aposentadoria digna, com a qual sustentou a família até o fim de seus dias.
Em 1980, a Augustus foi desvinculada do grupo. Nilton Molina fundou a Bradesco Previdência Privada, enquanto a nova diretoria da MAG enfrentou desafios para acompanhar as exigências de um mercado em rápida evolução.
Em 1983, ao completar 147 anos de trajetória, a MAG Seguros reafirmou seu pioneirismo e solidez no mercado previdenciário brasileiro com a marcante campanha "A Confiança é feita no tempo". O slogan não apenas sintetizava a longevidade da instituição, mas destacava um feito histórico: a MAG havia pago mais benefícios do que qualquer outra entidade previdenciária no país. A mensagem reforçava a segurança de quase um século e meio dedicado à proteção das famílias brasileiras, transformando o tempo em seu maior ativo - e a confiança, em sua herança.
Anúncio publicado no jornal A Última Hora em 1983
Em 1985, a MAG celebrou um marco extraordinário: seus 150 anos de história, consolidando-se como uma das instituições mais tradicionais do país. Para marcar essa data tão significativa, a empresa lançou uma campanha inovadora com o slogan "O Futuro Faz 150 Anos", veiculada nos principais jornais e revistas da época. A mensagem transmitia a dualidade única da MAG: sua sólida trajetória no passado e sua visão pioneira voltada para o amanhã. A campanha não apenas destacava a longevidade da empresa, mas também sua capacidade de se reinventar, mostrando que, mesmo após um século e meio, a MAG continuava a ser sinônimo de inovação e confiança.
A escolha do slogan "O Futuro Faz 150 Anos" foi um golpe de genialidade na comunicação institucional, pois unia o respeito pela tradição à ousadia de quem olha adiante. As peças publicitárias, além de exaltar os valores que construíram a MAG ao longo de décadas, apresentavam a empresa como uma força propulsora para o desenvolvimento do Brasil. A campanha reforçava a ideia de que a experiência acumulada em 150 anos era o alicerce para construir soluções modernas e sustentáveis, projetando a MAG não como uma instituição do passado, mas como uma protagonista do futuro. Essa celebração deixava claro: a MAG não apenas testemunhou a história do país, mas continuaria a moldá-la nos anos que viriam.
Anúncio (em folha dupla) na extinta revista Manchete - edição 1709 de 1985
Uma Jornada de Modernização e Crescimento
A história da MAG é marcada por uma série de iniciativas estratégicas que moldaram sua trajetória de sucesso. Tudo começou em 1994, com o Plano de Reestruturação, que deu início a uma ampla reforma nos métodos e processos operacionais e administrativos, pavimentando o caminho para a empresa alcançar o formato que conhecemos hoje. Nesse mesmo ano, Nilton Molina assumiu a presidência, liderando a companhia até 1995, quando Fernando Mota tomou posse, permanecendo no cargo até 2003.
Um marco importante ocorreu em 1996, com a informatização da empresa e a criação do Departamento de Informática, que absorveu os principais técnicos da Mondados - empresa de processamento de dados da Mongeral fundada na década de 1970 - após o encerramento de suas atividades. Essa transição estratégica não apenas modernizou as operações, mas também preservou o valioso conhecimento técnico acumulado. No mesmo ano, foi apresentado o Plano Comercial, um projeto visionário que estabeleceu as diretrizes para as ações da Área Comercial em 1997, demonstrando o compromisso da empresa com inovação e planejamento estratégico.
Recorte de raro anúncio da Mongeral Dados (Jornal do Brasil 1976) - que prestava serviços para outras empresas além da MAG
Em 1997, a MAG consolidou um modelo de distribuição baseado em sucursais estratégicas, com corretores externos atuando em áreas geográficas específicas. Além disso, a modernização da estrutura avançou com a implementação da comunicação online, interligando sucursais e representações ao núcleo operacional no Rio de Janeiro em caráter experimental.
No início de 1998, a empresa firmou uma parceria inovadora com a Icatu Hartford Seguros e Previdência, resultando no lançamento de novos produtos, como o Aposentadoria Plus, e na ampliação das operações, graças a um suporte tecnológico de ponta.
Em 2000, ao celebrar seus 165 anos de história, a MAG Seguros foi honrada com uma Moção de Aplausos e Congratulações pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. A homenagem, concedida durante uma sessão solene que reuniu cerca de 350 pessoas, reconheceu a trajetória centenária da empresa e sua contribuição para o desenvolvimento da previdência privada no Brasil. O momento marcante reforçou não apenas a relevância institucional da MAG, mas também seu legado de compromisso com a segurança e proteção financeira de gerações de brasileiros.
Registro da Moção de Aplausos para MAG, Jornal do Commercio em 2000.
Inaugurando o novo milênio com ambição estratégica, a MAG deu um decisivo passo em sua expansão ao assumir em 2001 a gestão da Coifa Pecúlios e Pensões, congênere com 50 anos de mercado. O processo de transição - que envolveu a migração de clientes e a integração de equipes - foi concluído com sucesso total. Autorizada pela Portaria 1.523 da Susep em 10 de dezembro de 2002, esta incorporação trouxe aproximadamente 50 mil novos contratos para a carteira da MAG, elevando seu total para mais de 100 mil participantes e consolidando sua posição como uma das líderes do setor de previdência complementar no país.
Registro sobre a incorporação da Coifa, Jornal do Commercio 2001
Outro avanço foi o acordo pioneiro com a Funenseg (Fundação Escola Nacional de Seguros), que permitiu à MAG capacitar seus próprios corretores por meio de cursos ministrados em suas sucursais, garantindo credenciamento oficial e fortalecendo sua rede de atendimento.
Essas transformações não apenas modernizaram a MAG, mas também consolidaram sua posição como uma das empresas mais inovadoras e dinâmicas do mercado, sempre comprometida com a excelência e o crescimento sustentável.
Em 2004, a MAG iniciou um ciclo de profundas transformações. Com a passagem do comando de Fernando Mota para Helder Molina, durante a cerimônia do "Galo de Ouro" no Hotel Sofitel no Rio de Janeiro, a empresa deu início a uma fase de reinvenção estratégica. Nesse mesmo ano, alcançou um marco fundamental: por autorização do Ministério da Fazenda, tornou-se uma seguradora independente sob a forma de sociedade anônima, consolidando um novo perfil no mercado.
Ainda em 2004, a MAG mobilizou todos os seus segmentos na elaboração de um ambicioso Plano Estratégico para os cinco anos seguintes. Esse projeto, que dava continuidade ao modelo construído pela gestão anterior, abrangia desde a construção da marca e a revisão do portfólio de produtos até a qualificação do canal de vendas, a estruturação organizacional e o redimensionamento de áreas como comunicação, atendimento e tecnologia. Foram implementadas medidas como o desenvolvimento de marketing direto e institucional, investimentos em pesquisa, criação de novos produtos e a ampliação da comercialização de fundos de previdência. Além disso, a empresa focou na qualificação de lideranças comerciais, aprimoramento de sistemas de gestão e programas de formação para corretores, sempre com o objetivo de fortalecer sua posição no mercado.
Em 2005, a MAG comemorou seus 170 anos com uma série de conquistas marcantes. Para celebrar sua trajetória, patrocinou a edição do livro "Olhar Carioca", uma homenagem ao Rio de Janeiro, cidade onde nasceu. O primeiro exemplar foi entregue ao embaixador Raul Fernando Ribeiro, representando o então prefeito Cesar Maia.
Fernando Mota e Helder Molina
Nilton Molina entregando o primeiro exemplar do “Olhar Carioca”
Além das comemorações, o ano foi marcado por um importante movimento estratégico: a aquisição da carteira de produtos individuais da Icatu Hartford Seguros, tornando-se também a distribuidora exclusiva de seus produtos de acumulação por meio de sua rede de corretores. Essa operação impulsionou resultados expressivos:
Para coroar o ano, a MAG lançou uma nova logomarca, inspirada nos círculos da mandala original, que formavam uma estrela de oito pontas. O design simbolizava a capacidade de renovação e expansão da empresa, mantendo viva a conexão com sua história e tradição.
Assim, 2005 consolidou-se como um período de celebração, crescimento e modernização, reforçando a posição da MAG como uma empresa em constante evolução, sem perder de vista suas raízes.
O ano de 2006 marcou uma fase de diversificação e pioneirismo para a MAG, com a ampliação de seu portfólio de parcerias comerciais. Destaque para sua atuação inovadora no mercado de coberturas de riscos atuariais para Fundos de Pensão, consolidando sua expertise no segmento. Nesse mesmo ano, firmou uma parceria estratégica com a OABPrev-SP, que, em apenas um ano, já contava com mais de 5 mil participantes prospectados – uma colaboração tão bem-sucedida que, em 2019, alcançaria a marca de 50 mil participantes ativos.
Em 2007, o canal de previdência associativa da MAG registrou resultados expressivos, administrando uma carteira robusta de 17 Fundos de Pensão, com ênfase em parcerias como a Quanta (Fundação da Unicred), OABPrev-SC e OABPrev-MG, reforçando sua presença nacional no setor.
Paralelamente, a partir de 2006, a MAG direcionou esforços para o crescimento do crédito consignado, aproveitando o incentivo do governo federal a esse modelo de operação. Essa estratégia culminou no lançamento do MongeralCred, marcando o retorno da empresa a uma atividade que já havia exercido com sucesso durante grande parte do século XX.
Capa da Edição nº1 do “Nossa Casa”
Ainda em 2007, em outubro, a MAG lançava o primeiro número da revista Nossa Casa, uma publicação de circulação interna dedicada aos colaboradores da empresa. A edição de estreia destacava o Programa Integração, iniciativa recém-implantada que, na época, era transmitida via satélite pela DTCom, reforçando o compromisso da empresa com a comunicação moderna e o alinhamento de sua equipe. A revista simbolizava não apenas um canal informativo, mas também um espaço de integração e valorização dos talentos que constroem diariamente a história da empresa.
Dessa forma, os anos de 2006 e 2007 foram decisivos para a consolidação de parcerias duradouras e a expansão para novos mercados, reafirmando a capacidade da MAG em se adaptar às demandas do setor e antecipar tendências.
Em 2008, a MAG inovou ao reformular sua tradicional campanha Galo de Ouro, elevando o patamar de premiação para seus corretores de destaque. Pela primeira vez, os galistas – profissionais que se destacaram em performance comercial – foram presenteados com uma viagem internacional, tendo Santiago, no Chile, como destino.
Essa mudança não apenas reforçou o prestígio do programa, como também simbolizou a projeção da empresa no cenário internacional, valorizando seus colaboradores e parceiros comerciais com experiências diferenciadas. A iniciativa marcou um novo capítulo na história do Galo de Ouro, transformando-o em um símbolo de excelência e reconhecimento dentro da cultura do mercado segurador.
O ano de 2009 teve um marco histórico para a MAG, consolidando uma aliança estratégica global com o Grupo AEGON, um dos maiores conglomerados internacionais de seguros e previdência.
O processo teve início em 2007, quando a solidez financeira, a lucratividade consistente e a gestão exemplar da MAG despertaram o interesse da multinacional holandesa. Ao longo de dois anos, a empresa passou por rigoroso processo de due diligence, conduzido por auditorias das "Big Four", e por minuciosas negociações contratuais, culminando na aprovação final pela SUSEP em 2009.
Nascia assim a Mongeral AEGON Seguros e Previdência S.A., unindo:
Esta fusão estratégica não apenas fortaleceu a posição competitiva da empresa no mercado brasileiro, mas também trouxe:
✔ Acesso a tecnologias internacionais
✔ Novos padrões de governança
✔ Ampliação de capacidade de investimento
✔ Intercâmbio de melhores práticas globais
A transformação reafirmou a capacidade da MAG em se reinventar sem perder sua essência, inaugurando um novo ciclo de crescimento com padrão mundial.
Em 2010, a MAG celebrou seu 175º aniversário consolidando-se como uma das instituições mais respeitadas e inovadoras do mercado segurador brasileiro. A empresa encerrava a primeira década do século XXI com conquistas notáveis:
Com uma presença nacional robusta, a MAG contava com:
Lançamento Mongeral AEGON
Os 175 anos celebraram não apenas a longevidade, mas a capacidade de reinvenção constante da MAG. A empresa encerrou 2010 como um símbolo de solidez, unindo tradição pioneira à visão moderna — preparada para os desafios do novo século com tecnologia, expansão e excelência.
Ainda em comemoração dos 175 anos, a empresa fez o lançamento do livro “Mongeral Aegon – 175 Anos de História”, uma obra que não apenas resgata suas origens, mas também destaca seu protagonismo na construção da previdência social brasileira. A narrativa revela como a seguradora, fundada em 1835 pelo jurista Aureliano Coutinho, foi pioneira ao introduzir um novo conceito de proteção social no país, sob influência de figuras ilustres da política nacional.
Livro “Mongeral Aegon – 175 Anos de História”
Em 2013, o Grupo Mongeral Aegon deu um passo estratégico em sua expansão com a criação da Mongeral Aegon Investimentos, uma plataforma dedicada à gestão de ativos que nasceu da reconhecida expertise do grupo na administração de seus próprios recursos financeiros.
A iniciativa não apenas ampliou a atuação do grupo, mas também reforçou sua capacidade de oferecer produtos sofisticados a clientes institucionais e individuais, consolidando a MAG como uma referência integrada em seguros, previdência e agora gestão de investimentos.
Com essa expansão, o grupo reafirmou seu compromisso com inovação e excelência, traduzindo sua trajetória de sucesso em novas oportunidades de crescimento para o mercado financeiro brasileiro.
O ano de 2013 representou um marco regulatório para o setor de previdência no Brasil com a implementação da Reforma da Previdência dos Servidores, que estabeleceu a criação de diversos Fundos de Pensão para servidores públicos federais e estaduais. Nesse cenário de transformação, a MAG posicionou-se como protagonista, demonstrando sua capacidade de responder com agilidade e eficiência às novas demandas do mercado.
Um dos maiores destaques do ano foi a conquista do processo licitatório realizado pela Prevcom (Fundação de Previdência Complementar do Estado de São Paulo). Essa operação estratégica:
O ano de 2014 marcou um período de significativas vitórias e crescimento estratégico para a MAG. A empresa reforçou sua posição no mercado de previdência complementar ao vencer a licitação pública da Funpresp (Fundo de Previdência Complementar do Servidor Público Federal). Além disso, consolidou sua presença em outros estados, sendo selecionada nos processos de contratação da Preves (Espírito Santo) e da Prevcom-MG (Minas Gerais), ampliando ainda mais sua atuação no segmento público.
No final de 2014, a MAG celebrou um marco histórico: 1 milhão de clientes, reafirmando sua posição como uma das maiores seguradoras independentes do Brasil. Foi também o ano em que se estruturou definitivamente o Grupo Mongeral Aegon, integrando operações de Seguradora, Fundo de Pensão, Gestão de Ativos e Gestão Previdenciária, oferecendo soluções completas e diversificadas ao mercado.
Outro destaque foi a inauguração da Universidade Corporativa Mongeral Aegon, que ganhou um espaço físico exclusivo na sede da matriz, no Rio de Janeiro. Com foco no desenvolvimento de colaboradores e parceiros, a iniciativa reforçou o compromisso da empresa com a excelência profissional e a capacitação contínua, alinhando seu crescimento institucional ao aperfeiçoamento de suas equipes.
Também em 2014, a MAG reafirmou seu espírito pioneiro ao introduzir duas inovações transformadoras que redefiniram os padrões do mercado. Com visão estratégica, a companhia lançou o primeiro e-commerce de seguros de vida do Brasil, revolucionando a forma como os clientes interagiam com seus produtos de proteção. Essa plataforma digital inédita não apenas trouxe conveniência e agilidade ao processo de contratação, mas também estabeleceu novos parâmetros de transparência e autonomia para os consumidores.
Paralelamente, a MAG Investimentos ampliou horizontes ao disponibilizar o primeiro fundo offshore do grupo, conectando os investidores brasileiros aos mercados internacionais. Essa iniciativa inovadora permitiu que clientes acessassem fundos mútuos norte-americanos, combinando a solidez local com as oportunidades globais.
Lançamento do Fundo de Investimento no Exterior
Mais do que simples lançamentos, essas iniciativas representaram um salto estratégico, posicionando a MAG na interseção entre tecnologia e sofisticação financeira. Ao unir a democratização dos seguros via plataforma digital com a expansão das fronteiras de investimento, a empresa demonstrou sua capacidade única de antecipar tendências e moldar o futuro do setor.
Nos dez anos sob a presidência de Helder Molina, a MAG Seguros viveu um período de expansão sem precedentes. O faturamento, que em 2014 atingiu R$ 750 milhões (700 vezes maior que duas décadas antes), refletiu o crescimento robusto de uma base que superou 1 milhão de clientes e 194 milhões de benefícios pagos. A empresa também quadruplicou seu quadro funcional, saltando de 95 para 1,2 mil colaboradores.
Sua liderança transformou a seguradora em um grupo diversificado, incorporando um fundo de pensão multipatrocinado, a gestora previdenciária Data A e a Mongeral Aegon Investimentos. Essa evolução estratégica consolidou a MAG como referência em inovação e solidez no mercado de previdência e seguros brasileiro.
Em 2015, a Mongeral Aegon provou que "180 anos não é para qualquer um" — só os que inovam, adaptam-se e resistem alcançam tal façanha. Em um país marcado por burocracia, impostos elevados e dezenas de planos econômicos que desafiam a sobrevivência das empresas, a seguradora não apenas permaneceu de pé, mas consolidou-se como um símbolo de resiliência. No dia 10 de janeiro, data emblemática de seu aniversário, reuniu mais de 800 colaboradores de todo o Brasil e um seleto grupo de seis jornalistas no Hotel Windsor Barra, no Rio de Janeiro, para celebrar sua trajetória.
O evento não só reforçou seus 180 anos de história ininterrupta, mas também destacou seu papel pioneiro no mercado, mostrando que, mesmo em um cenário desafiador, a Mongeral Aegon continuou escrevendo seu nome entre as instituições mais duradouras e relevantes do país.
Helder Molina e colaboradores - evento 180 anos Hotel Windsor Barra
Também como parte das celebrações de seu 180º aniversário, a MAG Seguros lançou uma edição especial que narra a trajetória da companhia entrelaçada com as transformações políticas e econômicas do Brasil ao longo de 18 décadas. O livro vai além dos números - que posicionam a MAG como a quarta maior seguradora independente do país - e humaniza sua história através de cinco famílias cujas vidas foram profundamente transformadas pelo relacionamento com a empresa. Essas narrativas íntimas, capturadas pela sensível lente da fotógrafa Fifi Tong (conhecida por seu trabalho com a memória afetiva do tempo), revelam o lado humano por trás de uma das instituições mais duradouras e relevantes do mercado segurador brasileiro, mostrando como a empresa se tornou parte da história de vida de gerações de clientes.
Livro comemorativo 180 ANOS - Mongeral AEGON
Em 2016, a MAG demonstrou mais uma vez seu compromisso com a sociedade brasileira ao lançar o Instituto de Longevidade, uma iniciativa visionária que colocou o envelhecimento populacional no centro do debate sobre desenvolvimento nacional. Mais do que um projeto corporativo, o Instituto surgiu como um agente transformador, promovendo qualidade de vida por meio de ações educativas, parcerias estratégicas e conteúdo especializado, consolidando-se rapidamente como referência no tema da longevidade no país.
Fundação do Instituto Longevidade da MAG Seguros
Assista vídeo sobre Longevidade:
Desde sua estreia no ranking Great Place to Work (GPTW) em 2016, quando entrou direto no Top 10 das melhores empresas de grande porte do Rio, a MAG Seguros consolidou sua excelência. Em 2024, alcançou pelo quarto ano consecutivo uma posição no pódio (Top 3), reforçando seu compromisso com um ambiente de trabalho de qualidade.
Premiação Great Place to Work 2016
Completando seu papel de agente transformador, a companhia assumiu um compromisso histórico com a cultura e o urbanismo carioca. Através de um projeto aprovado pela Prefeitura do Rio, a MAG liderou a revitalização do entorno de sua matriz na Travessa Belas Artes, recriando com sensibilidade o portal da antiga Escola Nacional de Belas Artes - originalmente Academia Imperial de Belas Artes. Essa iniciativa não apenas resgatou parte importante da memória arquitetônica da cidade, como também reafirmou o profundo vínculo da empresa com a história e o desenvolvimento urbano do Rio de Janeiro.
Obras de revitalização do espaço
Resultado final
Entre inovação social, excelência corporativa e preservação cultural, 2016 destacou-se como um ano em que a MAG mostrou, na prática, como uma instituição pode crescer gerando valor compartilhado para todos os seus públicos.
Em 2017, a MAG recebeu uma das mais nobres honrarias culturais: o prestigioso prêmio Memórias do Mundo da UNESCO. Esta distinção consagrou as atas de reuniõess da empresa - que em 1835 nascia como Montepio Geral de Economia dos Servidores do Império - como Patrimônio Documental da Humanidade.
Mais do que um acervo corporativo, esses documentos históricos representam um testemunho vivo da formação econômica e social do Brasil Imperial. A UNESCO reconheceu seu valor excepcional para a memória coletiva, já que registram não apenas a criação da primeira instituição previdenciária do país, mas também os costumes e relações de trabalho do século XIX.
A MAG, como fiel depositária deste legado, mantém os originais meticulosamente preservados e democratizou seu acesso através de um minucioso trabalho de digitalização. Essa iniciativa permite que pesquisadores e cidadãos explorem online parte fundamental da história brasileira, reforçando o compromisso da empresa em conciliar inovação e preservação da memória nacional.
Este prêmio coroou a trajetória da companhia não apenas como pioneira da previdência, mas como guardiã de páginas insubstituíveis da nossa história.
Selo Memória do Mundo - Brasil
O ano de 2018 consolidou a MAG como protagonista na transformação do mercado segurador brasileiro. Em um movimento audacioso, o Grupo lançou a WinSocial, primeira insurtech do Brasil dedicada a oferecer seguros para grupos específicos, como pessoas com diabetes, democratizando o acesso a produtos antes excluídos do mercado tradicional.
A inovação ganhou ainda mais força com a criação do Insurtech Innovation Program, uma parceria estratégica com a PUC-Rio e o IRB Brasil RE para fomentar soluções tecnológicas disruptivas no setor. O sucesso foi imediato: a plataforma digital de vendas da empresa ultrapassou 30 mil propostas implementadas ainda em seu ano de estreia.
Os reconhecimentos internacionais vieram com o prêmio Global Aegon Awards na categoria Melhor Envolvimento com a Comunidade pelo projeto Cidades e Longevidade. No campo institucional, o presidente Helder Molina criou a Comissão Permanente da Memória, assegurando a preservação do rico acervo histórico da companhia.
No segmento de investimentos, a MAG Investimentos brilhou ao ser eleita a melhor gestora de previdência do Brasil (5 anos) pelo ranking FGV/Valor Econômico, atingindo a marca histórica de R$ 5 bilhões em ativos sob gestão - com crescimento médio anual superior a 50%.
Para coroar o ano, a empresa expandiu seu reconhecimento como empregadora, sendo incluída entre as 100 Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil em 2019, após dois anos consecutivos no ranking carioca do GPTW.
O ano de 2018 ficou marcado como um período em que a MAG reinventou mercados, cultivou memórias e colheu frutos de sua visão pioneira.
Em 2019, a MAG reforçou seu compromisso com a conscientização sobre envelhecimento ao lançar a exposição "Os Caminhos para Viver Mais e Melhor", uma iniciativa inédita realizada em parceria com o Grupo Globo e o Centro Cultural Correios. Mais do que uma mostra, a exposição representou um legado educativo para a sociedade brasileira, abordando de forma interativa e acessível os desafios e oportunidades de uma vida longeva.
Com curadoria cuidadosa, a experiência convidou visitantes de todas as idades a refletirem sobre planejamento financeiro, saúde física e mental, e propósito — pilares essenciais para uma longevidade plena. Ao unir arte, informação e tecnologia, a MAG não apenas ampliou o debate público sobre o tema, mas também reafirmou seu papel como agente transformador, indo além dos produtos securitários para promover bem-estar social.
Essa iniciativa, alinhada às ações do Instituto de Longevidade, destacou-se como mais uma prova de que a empresa entende a longevidade não como um desafio isolado, mas como uma jornada coletiva que exige preparo e inovação contínuos.
Assista vídeo de lançamento da marca MAG
O ano de 2020 marcou uma transformação significativa para a empresa: Mongeral Aegon tornou-se MAG, um movimento estratégico que reforçou não apenas a identidade da marca, mas também seu compromisso com a inovação e a evolução constante. Mais do que uma mudança de nome, esse passo simbolizou a renovação de propósitos e valores, alinhados aos desafios de um mundo em rápida transformação.
Nesse mesmo ano, a MAG deu mais um passo à frente com o lançamento do MAG Finanças, uma plataforma que ampliou sua atuação no mercado financeiro, oferecendo soluções integradas e acessíveis. Essa iniciativa reforçou o posicionamento da empresa como uma organização voltada para o futuro, capaz de se reinventar sem perder de vista sua missão de transformar a sociedade por meio de produtos e serviços que unem tradição e inovação.
Assim, 2020 consolidou-se como um ano de renascimento e expansão, no qual a MAG reafirmou sua capacidade de antecipar tendências e criar novas oportunidades para seus clientes e parceiros.
Em 2021, a MAG deu mais um passo inovador no mercado segurador com o lançamento da Simple2u, uma nova seguradora digital criada para simplificar e democratizar o acesso a seguros no Brasil. Com foco em experiência do usuário e tecnologia ágil, a Simple2u surgiu para descomplicar a contratação de produtos securitários, oferecendo soluções intuitivas e acessíveis por meio de plataformas digitais. A iniciativa reforçou o compromisso da MAG com a inclusão financeira e a modernização do setor, atendendo especialmente a um público mais jovem e conectado.
Além disso, durante o período crítico da pandemia, a MAG Seguros teve um papel fundamental ao oferecer suporte tanto para seus colaboradores quanto para seus clientes, adaptando-se rapidamente às novas necessidades do período. A empresa garantiu a continuidade dos serviços, manteve a assistência aos segurados com agilidade e implementou medidas de proteção para seus funcionários, como home office e protocolos de segurança. Além disso, reforçou seu compromisso social com iniciativas que ajudaram a mitigar os impactos da COVID-19, demonstrando resiliência e responsabilidade em um momento de grande incerteza. Sua atuação foi essencial para proporcionar segurança e tranquilidade a todos os envolvidos.
O ano de 2022 foi um marco significativo para a MAG, que consolidou seu crescimento no mercado de seguros com números impressionantes: mais de 6 milhões de clientes e 6 mil corretores parceiros em sua rede. Esses resultados refletem não apenas a expansão da companhia, mas também a confiança depositada por segurados e profissionais do setor.
Com uma trajetória baseada em tecnologia, inovação e parcerias sólidas, a MAG fortaleceu sua posição como uma das principais referências no segmento. Atingir 6 milhões de clientes demonstra a eficácia de suas soluções personalizadas e o compromisso com a satisfação de quem busca proteção e tranquilidade.
Já o alcance de 6 mil corretores parceiros reforça o sucesso do modelo de negócios da MAG, que valoriza a força das relações com profissionais autônomos e corretoras, oferecendo suporte, ferramentas digitais e condições competitivas para impulsionar seus resultados.
Em 2023, o Grupo Mongeral AEGON ampliou seu portfólio com o lançamento da MAG Capitalização, reforçando seu compromisso com soluções financeiras inovadoras. Especializada em títulos de capitalização, a nova empresa traz oportunidades de premiação e rentabilidade, mantendo a qualidade e confiança que só o Grupo MAG oferece.
Em julho de 2024, nasceu a Favela Seguros, fruto de uma parceria pioneira entre a MAG e a Favela Holding. A primeira seguradora especializada em atender moradores e negócios das favelas brasileiras chegou para transformar realidades, com produtos acessíveis e desenvolvidos sob medida para as necessidades locais.
Assista o vídeo da Favela Seguros na Expo Favela Innovation
Mais do que levar proteção, essa iniciativa reforça o compromisso da MAG com inclusão financeira e desenvolvimento comunitário, enquanto a Favela Holding garante que as soluções dialoguem verdadeiramente com o território. Juntas, as empresas democratizam o acesso a seguros e valorizam esses espaços que movimentam a economia nacional.
Lançamento Favela Seguros - julho 2024
Em dezembro de 2024, o acervo das Atas Históricas da MAG recebeu seu segundo reconhecimento da UNESCO, tornando-se patrimônio documental da Memória do Mundo América Latina e Caribe. Esses registros únicos, que remontam a 1835, são os mais antigos da região sobre previdência, contando não apenas a história do Brasil, mas de toda uma área geográfica.
Selo Memória do Mundo para América Latina e Caribe
Desde 2017, quando foi reconhecido nacionalmente pelo Comitê da UNESCO do Brasil, a MAG assumiu o compromisso de preservar e democratizar o acesso a esse tesouro histórico. Hoje, os documentos estão disponíveis em bibliotecas de universidades renomadas (como Harvard, Coimbra, Oxford e Cambridge), no Museu Virtual do Seguro de Portugal, no Insurance Museum de Londres e em plataformas digitais como a Wikipédia, onde, em 2024, registraram mais de 150 mil acessos através do programa GLAM.
Um legado que atravessa séculos, conectando passado, presente e futuro.
Em 2025, a MAG celebra seus 190 anos de história com um cruzeiro especial de 3 dias a bordo do luxuoso MSC Orchestra. Sob o tema "Navegando Juntos Rumo ao Futuro", o evento reuniu colaboradores, corretores parceiros e convidados especiais para uma comemoração única.
Registros fotográficos:
Hoje, com uma trajetória consolidada como referência no mercado de seguros de vida e previdência, a MAG Seguros une a solidez de sua tradição à ousadia da inovação para oferecer segurança e planejamento a milhões de brasileiros.
Em 2024, reforçamos nossa posição de destaque no setor, impulsionados pelo fortalecimento das vendas e pela expansão da base de segurados. Esse crescimento expressivo e sustentável comprova a confiança que nossos clientes e parceiros depositam em nossa capacidade de proteger histórias e construir futuros.
RELAÇÃO DE PRESIDENTES DA MAG
O Grupo Mongeral AEGON atualmente:
Ao longo de seus 190 anos de história, a MAG Seguros testemunhou e se adaptou às mais profundas transformações que moldaram o Brasil. Desde os tempos do Império, quando as viagens dependiam de carruagens e navios a vapor, até a era dos aviões a jato e dos carros autônomos, a MAG acompanhou a evolução dos transportes. Viu o surgimento do rádio nos anos 1920, a chegada da televisão nos anos 1950 e a revolução digital do século XXI, sempre se reinventando para atender às novas demandas de cada época.
Na medicina, presenciou saltos extraordinários: dos tratamentos rudimentares do século XIX aos avanços da vacinação, dos antibióticos e da inteligência artificial na saúde. Sobreviveu a guerras, crises econômicas e mudanças monetárias — incluindo todos os oito sistemas financeiros do Brasil —, mantendo-se como a instituição financeira mais antiga em operação contínua no país.
Da iluminação a óleo à energia limpa, das Olimpíadas às Copas do Mundo que uniram gerações, a MAG não apenas acompanhou a história, mas fez parte dela. Sua trajetória é um reflexo da resiliência brasileira: uma capacidade única de honrar suas raízes enquanto abraça o futuro. Que os próximos 190 anos sejam tão luminosos quanto esta jornada secular — sempre com solidez, inovação e compromisso com as pessoas que constroem, dia após dia, a grandeza desta nação.
Uma história que começou em 1835 e continua a ser escrita, com a mesma força que iluminou o passado e guiará o amanhã.
Em homenagem aos 190 anos da MAG Seguros, o Centro de Memória apresenta o e-book “190 Personalidades da História do Brasil e da MAG Seguros” . Escaneie o QR Code ou clique no botão abaixo para baixar o ebook.
Os documentos e registros utilizados nesta publicação pertencem ao Acervo MAG Seguros.
As imagens de retratos e informações biográficas foram obtidas da Wikipedia, sob licença de uso livre.
Os recortes de jornais foram digitalizados a partir do acervo da Hemeroteca da Biblioteca Nacional Digital.
Esta obra foi produzida e editada pelo Centro de Memória da MAG Seguros.
MAG Seguros e Previdência S.A. / CNPJ 33.608.308.0001/73 | Rua Travessa Belas Artes, 15 - Centro - 20060-000 - Rio de Janeiro, RJ